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O Mar

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  O Mar salta na areia, sem parar. O Mar galga as pedras, sem temor. O Mar sopra na espuma, ventania. O Mar engole o homem, sem pudor. O Mar cansa-nos com o seu sal. O Mar cheira e sabe a sal. O Mar cobre-nos de vida, porque alimenta. O Mar alarga os horizontes. O Mar justifica o horizonte. O Mar é canção que não cala. O Mar, o nosso Mar, é tão diferente. O Mar, somos nós e ele.   Até que o Mar bateu à porta e num instante o seu corpo se deitou inerte no seu leito de amor.

Duas vertentes

  Tenho de confessar que este tipo de escrita não é a minha praia, mesmo que a tenha adotado antes da outra, a tal que há mais de duas décadas e meia ando a escrever. Confesso que ambas são complexas, mas esta é bem mais complicada, posto que exige aquilo a que eu chamo de “momento”. O “momento” em que pelos nossos dedos escorrem os pensamentos, as emoções, as “coisas todas” que nos fazem escrever. E são tantas e tão dificeis, pelo menos para mim, de articular. A outra escrita, mais fechada no seu mundo, não permite essa liberdade, essa evocação dos espíritos que habitam nos nossos pensamentos. Obriga a criar um qualquer texto que acrescente algo de novo a uma qualquer área da ciência. Já dizia um meu antigo professor de faculdade que “a investigação não é mais que o conhecimento das fontes e, claro, as ilações que o investigador tira das mesmas.” Assim se nota a “prisão” desse tipo de escrita e a liberdade da outra, aquela que humildemente vou escrevendo neste espaço. Neste ...