O banco dos reformados
Estava aqui a pensar com os meus botões, eu penso muito com eles e por vezes até lhes peço opinião sobre algum assunto que tenho de tratar. Dizia eu. Estava aqui a pensar no meu dia-a-dia, no que tenho de inventar para fazer, para me manter ocupado, não cair no ócio…essas coisas que quando deixamos de trabalhar temos de engendrar para não padecermos de inércia. Anda uma pessoa a pensar na reforma uma vida inteira e depois temos de nos aborrecer com o que vamos fazer agora. Não é depois, é agora. Bom, aqui na minha terra existe um banco em frente ao mar onde se juntam os reformados, como existe em tantas outras terras. Mas naquele banco não se joga às cartas, nem se bebe um tintol, nada! Naquele banco fala-se, pensa-se a olhar o mar, sempre a olhar o horizonte. Foi, portanto, naquele banco que resolvi parte da minha preocupação. Trabalhar, para mim, em casa de manhã e socializar à tarde. Mas a minha chegada ao banco dos reformados não foi pacífica. Fui bem recebido, claro que sim....